Você já se pegou pensando: “Eu devia ter mais paciência…”, “Meu filho merece mais do que estou conseguindo oferecer”, ou até “Será que estou falhando?”
Se sim, respira fundo. Você não está sozinho(a).
Esse sentimento é mais comum do que parece — e justamente por se importar tanto, você sente essa angústia. A verdade é que ser mãe ou pai é uma jornada intensa, cheia de amor, dúvidas, cansaço e aprendizados diários.
Neste artigo, vamos conversar sobre:
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Por que esses sentimentos surgem
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Como lidar com a culpa e o medo de falhar
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Dicas práticas para acolher suas emoções e seguir com mais leveza
A Crença da “Mãe Perfeita” ou do “Pai Ideal”
Vivemos em uma sociedade que romantiza a maternidade/paternidade e cobra padrões muitas vezes inalcançáveis:
casa limpa, criança feliz o tempo todo, paciência infinita, trabalho em dia, alimentação saudável, tempo de qualidade… e tudo com sorriso no rosto.
Mas a vida real é feita de noites mal dormidas, birras inesperadas, dúvidas constantes, culpa por precisar trabalhar ou por querer um tempo só seu.
É importante lembrar: a perfeição não é a régua da parentalidade. O amor, o vínculo e a presença (ainda que imperfeita), sim.
7 Passos Para Lidar com o Sentimento de Falha
1. Reconheça o Sentimento Sem Julgar
Sentir que não está dando conta não significa que você está falhando.
Significa apenas que está sobrecarregado, exausto ou precisando de ajuda.
Dê nome ao que sente: culpa, cansaço, medo, frustração… Nomear é o primeiro passo para acolher.
2. Pare de se comparar
Cada família tem sua história, seus desafios, seu ritmo.
Comparar sua rotina com a vida editada das redes sociais é injusto com você.
Lembre-se: o que aparece no Instagram é só um recorte. Ninguém vive 100% daquele jeito.
3. Pratique a autocompaixão
Se você fosse falar com uma amiga que está exausta, o que diria?
Provavelmente algo como: “Você está fazendo o melhor que pode.”
Agora, diga isso para si mesma(o). Com carinho, com respeito, com compreensão.
Você merece a mesma gentileza que oferece aos outros.
4. Olhe Para o Que Está Funcionando
Sim, tem dias difíceis. Mas também tem:
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Um beijo antes de dormir
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Uma história contada com amor
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Um “te amo” sussurrado na correria
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Um abraço depois da birra
Foque nos pequenos acertos. Eles importam — e muito!
5. Converse com Alguém de Confiança
Falar ajuda a aliviar. Compartilhe com outra mãe, um amigo, um profissional, ou até num grupo de apoio.
Muitas vezes, ao verbalizar, a gente entende que não está sozinha(o) e que está tudo bem precisar de suporte.
6. Cuide de Você Sem Culpa
Você não precisa estar exausta(o) para ser uma boa mãe ou pai.
Aliás, quando você se cuida, tem mais energia emocional para cuidar do outro.
Um banho tranquilo, uma caminhada, 10 minutos de silêncio… pequenos momentos fazem diferença.
7. Reescreva a Ideia de “Ser um Bom Pai ou Mãe”
Ser bom pai ou mãe não é “acertar sempre”, e sim reconhecer erros, pedir desculpas, tentar de novo e seguir com amor.
Se você:
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Ama seu filho
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Quer o bem dele
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Está disposto(a) a aprender e melhorar
Então já está fazendo muito. Muito mesmo.
Quando Procurar Ajuda Profissional?
Se os sentimentos de culpa, frustração ou insuficiência estiverem muito frequentes, e afetando seu sono, sua autoestima ou sua relação com os filhos, vale buscar um psicólogo.
Não é fraqueza. É autocuidado e amor pela sua família.
Conclusão
Sentir que está falhando é um reflexo do quanto você se importa.
Mas você não precisa carregar esse peso sozinho(a).
A parentalidade é cheia de imperfeições — e, ainda assim, repleta de beleza, amor e conexão.
Abrace suas tentativas. Acolha suas falhas. Valorize seus acertos.
E, acima de tudo, lembre-se que seus filhos não precisam de um(a) pai/mãe perfeito(a) — precisam de alguém presente, real e disposto a amar.
Você está fazendo o melhor que pode. E isso é mais do que suficiente.